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Aumento de casos de Arboviroses na Amazônia e sua relação com a mudança climática

  • Foto do escritor: Redação DNR
    Redação DNR
  • 24 de mar. de 2024
  • 2 min de leitura

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Autor:

Douglas do Nascimento Reis, FUNIP


douglasreis.dnr@gmail.com

 

RESUMO

O aumento dos casos de doenças infecciosas humanas transmitidas por vetores nos últimos meses vem preocupando as autoridades no Brasil. O atual cenário epidemiológico de determinadas arboviroses pode estar relacionado aos crescentes impactos ambientais provocados pelas ações antrópicas e os efeitos da mudança climática nas regiões tropicais e subtropicais do país, incluindo grandes áreas urbanas e rurais da Amazônia. O presente resumo trata-se de um estudo realizado por meio de levantamento bibliográfico e revisão integrativa que objetivou reunir as principais informações a respeito do aumento dos casos de arbovirologia na Amazônia e sua relação com a mudança climática. O aumento desses quadros epidemiológicos sempre esteve associado ao crescimento urbano desordenado dos últimos setenta anos, precariedade na estrutura pública de saneamento básico e à ineficiência de políticas públicas sanitárias para o controle dessas endemias. Mas, recentes estudos têm demonstrado outro fator que pode vir a contribuir com o agravamento do cenário: questões ambientais por mudança climática. Recente levantamento na área da saúde realizado pela plataforma AdaptaBrasil, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), tem apontado outro caminho: o de que a mudança climática tem favorecido a proliferação desses vetores, tanto em regiões urbanas quanto em áreas mais afastadas na Amazônia. Efeitos climáticos alteram o clico do ar, umidade, precipitação, vazante e cheia de rios amazônicos (como o recente caso da cheia do Rio Acre) e resultam em prejuízos ambientais e sociais, promovendo a ação dos vetores. O estudo levou em conta as temperaturas máxima e mínima, a umidade relativa do ar e a precipitação acumulada para associar a ocorrência do vetor, que são os mosquitos transmissores das diferentes doenças em análise. O sistema avaliou também a vulnerabilidade e a exposição da população a esses vetores, combinando a ação de determinantes sociais e ambientais. Concluiu-se, portanto, que os riscos apresentados pela alteração do clima em todo o território nacional podem levar à proliferação de vetores, como, por exemplo, o mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, ao agravamento de arboviroses e febres hemorrágicas (SAARB), como Dengue, Oropoche, Febre do Oeste do Nilo, Chikungunya e Zika, entre outras, causadas pelas ações de vetores semelhantes. A maior parte dos patógenos responsáveis por doenças infecciosas humanas tem origem zoonótica, ou seja, são mantidos na natureza em ciclos que envolvem um vetor e um animal silvestre (por exemplo, macaco ou pássaro) e que se desequilibram por agentes ambientais.



Palavras-chave: Amazônia; Mudança Climática; Arboviroses.



Publicado originalmente em 23/03/2024 nos Anais do Simpósio de Mudança na Climática e Conservação Climática e Conservação de Recursos Genéticos na Amazônia - ClimAM, Universidade Federal do Amazonas - UFAM. ® Direitos reservados ao autor.

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