Análise de estudos sobre o aumento de casos de Burnout Parental
- Redação DNR

- 13 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de fev.
Analysis of studies on the increase in cases of Parental Burnout

Autor:
Douglas do Nascimento Reis, FUNIP
Coautora:
Danielle Portela de Almeida, UEA
douglasreis.dnr@gmail.com
RESUMO
INTRODUÇÃO: Na corrida pelo sucesso pessoal e profissional, faltam horas para o ser humano completar o ciclo de atividades estabelecidas numa agenda frenética que tende a causar desgaste físico-emocional, desencadeando estresse, desequilíbrio comportamental, estafa e cansaço mental – sintomas desenfreados trazidos pelas constantes atividades rotineiras, intensa jornada laboral em home office e o acúmulo de múltiplas responsabilidades familiares. Uma dessas condições clínicas chama-se Burnout Parental. OBJETIVO: Analisar e compreender como tais estudos podem contribuir para melhorar as condições de saúde e bem-estar de pessoas que, além de profissionais, são pais e mães buscando o equilíbrio entre o sucesso e a sanidade. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão sistemática nas bases de dados “SciELO”, “LILACS” e “Medline”, sendo selecionados os artigos dos últimos cinco anos, utilizando-se os descritores: profissionais pais e mães, burnout parental, saúde mental. Procedeu-se a triagem de artigos e foram selecionados dois, dos quais mais se aproximavam da temática em questão e que possuíam resultados e dados tabelados para estudo analítico. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No segundo semestre de 2024, o Departamento de Saúde dos EUA divulgou um alerta sobre a saúde mental de pais e mãe: é o Burnout Parental – um estado de estresse intenso e constante em pessoas que têm filhos e rotinas sobrecarregadas. Esse estudo revelou que mais de 57% dos pais se autorrelataram como estressados e exaustos devido ao que foi chamado de "cultura de perfeição". Esse estresse parental está fortemente associado a expectativas internas e externas, como a percepção de ser um bom pai/mãe, julgamentos de outras pessoas, tempo para brincar com os filhos e manter a casa limpa. Comparativos desses dados demonstraram que houve um aumento de mais de 1000% em relação aos anos anteriores. Outro estudo já no Brasil, da UFMG, que também abordava o tema, retratou o perfil dessas pessoas e como a sua saúde mental tem um impacto significativo na saúde mental das crianças. O estudo também mostrou que mães que trabalham têm 81% mais chances de sofrer burnout em comparação com aquelas que não trabalham. As mães trabalhadoras relataram que seus empregos tiveram um impacto negativo na sua saúde mental nos últimos seis meses. CONCLUSÃO: Esses resultados destacam a importância de ajustar as expectativas sobre a parentalidade e buscar apoio adequado para prevenir o agravamento do burnout parental, aumentando a conscientização sobre a existência e as consequências do burnout parental, facilitando a identificação precoce e a implementação de estratégias preventivas, além de servirem como guia para a formulação de políticas públicas e programas de apoio às famílias, como licenças parentais mais flexíveis, acesso a serviços de saúde mental e incentivos para equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
PALAVRAS-CHAVE: Burnout Parental, Condições de Trabalho, Saúde Mental.
Publicado originalmente em 13/10/2024 nos Anais do III Congresso Internacional de Saúde Pública e Coletiva no SUS - COINSUS. ® Direitos reservados ao autor.











Comentários