Análise das medidas de controle pelo Ministério da Saúde nos casos de Mpox

Analysis of control measures by the Ministry Health in Mpox cases

Autor:

Douglas do Nascimento Reis, FUNIP

Coautores:

Danielle Portela de Almeida, UEA

Yago de Sousa Alemão, UNICID

Sabrina Regis do Nascimento, UNP

Luciana Rocha Alves, UNIFACID

Luana Aguiar de Souza, UFC

Alessandra Beatriz dos Santos Rondon Souza, UFF

Hayonnara Andrade Carvalho, AFYA

Júlia Tudesco Chamhum Basílio, UFJF

José Wilson Cosme de Mesquita Júnior, UNILAB

douglasreis.dnr@gmail.com

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Mpox, anteriormente denominada como varíola dos macacos, é uma doença zoonótica viral provocada pelo vírus monkeypox (MPXV), do gênero Orthopoxivirus e família Poxviridae. Foi descoberta em 1958, na Dinamarca, tendo o primeiro caso registrado em humanos em 1970, numa criança de nove meses na República do Congo (RDC). Em 2022, ganhou destaque com o aumento de casos na África se espalhando por mais de 100 países, sendo declarada pela OMS como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). OBJETIVO: Analisar as principais medidas adotadas pelo Ministério da Saúde do Brasil, de 2022 até os dias atuais, para reprimir o avanço da doença. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão sistemática nas bases de dados “SciELO”, “LILACS” e “Medline”, sendo selecionados os artigos dos últimos dois anos, utilizando-se os descritores: mpox, varíola dos macacos, epidemia. Realizou-se a triagem de artigos e foram selecionados os que mais e aproximavam da temática em questão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em julho de 2022, após a OMS declarar a Mpox como ESPII, vários países se mobilizaram criando políticas públicas de controle e monitoramento, adotando medidas técnicas e sanitárias para estabilizar o avanço da doença, entre eles, o Brasil. Um anos após o início desse monitoramento, a doença recuou em vários lugares. Porém, em agosto de 2024, voltou ao status de emergência pela OMS, agora com a propagação de uma nova variante, a Cepa 1b. Entre as medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, pode-se destacar: a) criação de um comitê de enfrentamento (Centro de Operações de Emergência em Saúde – COE), contando com o apoio de vários órgãos, de diferentes setores; b) atualização das recomendações e do plano de contingência; c) organização, classificação e divulgação de dados oficiais, materiais informativos, notas técnicas e mapeamento dos casos confirmados; d) ampliação da capacidade de diagnóstico e internações clínicas; e) disponibilização de medicamentos e vacinas imunizantes para varíola na rede pública de saúde, e f) repasse de verbas para auxiliar estados e municípios no combate do avanço da doença. CONCLUSÃO: Diante do exposto, pode-se observar que essas medidas têm demonstrado eficácia a longo prazo, sendo necessário, no entanto, mais ações e recursos para o monitoramento e controle.

PALAVRAS-CHAVE: Mpox; Varíola dos Macacos; Epidemia.

Publicado originalmente em 02/09/2024 nos Anais do III Congresso Internacional de Saúde Pública e Coletiva no SUS - COINSUS. ® Direitos reservados ao autor.